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Finalmente uma previsão para a entrega da nova FM

Há mais de dois anos alunos da Faculdade de Medicina da UFG enfrentam transtornos decorrentes da ampliação do prédio. Finalmente, uma previsão segura para a entrega da nova FM foi lançada: os ingressantes de 2015 já estudarão nas novas salas. 

A Faculdade de Medicina de Goiás, localizada na Rua 235 do Setor Universitário, foi fundada em abril de 1960, antes mesmo da criação da Universidade Federal de Goiás. Nasceu de um sonho de seu fundador e primeiro diretor, o médico Francisco Ludovico de Almeida Neto, e de um grupo de colegas que formavam a recém-criada Associação Médica de Goiás. Desde então, inúmeras reformas e ampliações foram executadas, sempre com o intuito de suprir a demanda de salas de aula do curso de medicina e de melhor abrigar os departamentos médicos.

Em 2012, a empresa Techna Engenharia apresentou um projeto vencedor do Processo Licitatório para a ampliação da FM da UFG. As obras se iniciaram no dia 23 de abril com o objetivo de levantar dois pavimentos em todos os quatro blocos da faculdade. Em julho de 2013, quando teoricamente a ampliação terminaria, pouco havia sido concluído. O CEGEF (Centro de Gestão do Espaço Físico) determinou, então, que a empresa deveria entregar a nova FM em janeiro de 2014, o que novamente não ocorreu. Neste momento, o contrato com a Techna Engenharia foi finalmente rescindido.

A estrutura da Faculdade de Medicina, antes da reforma em curso, contava com apenas um pavimento que abrigava salas de aula, dois departamentos médicos, sala de procedimentos, canil e outros apêndices que supriam as necessidades da Faculdade, como secretariado, diretoria, almoxarifado, banheiros e salas de materiais. Uma vez que o primeiro ano do curso de medicina é basicamente cursado no Campus Samambaia e os dois últimos anos são de Internato, quase que completamente realizados no Hospital das Clínicas, a atual ampliação poderia ser questionada. Mas o diretor da FM, Dr. Vardeli Alves de Moares, atesta que a reforma é adequada, pois, além de laboratórios e novas salas de aula adaptadas às demandas do curso, a reforma possibilitará que todos os departamentos médicos estejam sob o teto da FM. Atualmente apenas o Departamento de Saúde Mental e o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia ocupam o prédio atual da faculdade, sendo que os outros têm sua sede no Hospital das Clínicas.

A Techna Engenharia foi responsável por diversas reformas na UFG, incluindo a ampliação da Faculdade de Letras e, em 2014, além da obra na FM, estava também envolvida na ampliação do IPTSP (Instituto de Patologia Tropical e Saúde Pública). No decorrer dessas duas obras, a empresa começou a apresentar severas dificuldades,o que incluiria falta de crédito no mercado. Assim, em janeiro de 2014, os dois contratos foram rescindidos. 

De acordo com Marco Antônio de Oliveira, diretor do CEGEF da UFG, casos assim são bastante comuns: “As empresas que participam de licitações públicas em casos como esse são geralmente pequenas e sofrem com a falta de mão de obra e poucos recursos financeiros”. Assim, alunos e profissionais que trabalham nos prédios onde acontecem as obras ficam bastante prejudicados por muito tempo, com poucas salas de aulas disponíveis ou qualquer conforto no dia a dia. “Em 2013 houve grande tumulto na Faculdade de Medicina, muitas salas chegaram a ser alagadas”, lamenta Dr. Vardeli.

Felizmente, a obra na FM já estava bem adiantada. Segundo Murilo Batista, fiscal de execução do CEFEF, “Toda a estrutura e a alvenaria da Faculdade já estão prontas”. Agora, dados sobre tudo o que ainda falta na obra e a justificativa da paralisação serão enviados para a Procuradoria Jurídica, através do correio interno da própria UFG. Um novo concurso licitatório será realizado e, então, de acordo com o diretor da CEGEF, daqui a sete meses os estudantes poderão contar com uma nova faculdade. A previsão de Dr. Vardeli é que em 2015 a Faculdade de Medicina já esteja de cara nova.

 Acadêmicos do segundo ano de Medicina Lucas Kovacs e Maiara Sena

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